Pontapé de Recaída

Há quem diga que vem aí o Fim do Mundo. Duvido um pouco. Entretanto veio o Fim do nosso Mundo Interno, o que poucas dúvidas suscita. Também li no boletim da minha Junta de Freguesia que F.M.I. foram as letras mandadas colocar por D. Filipe II nas bandeiras da Santa Casa da Misericórdia, lá pelo séc. XVII. Um singelo acto propagandístico destinado a recuperar (ou inventar) a memória e importância de Frei Miguel Contreiras, hoje completamente esquecido na página de história dessa mesma instituição, mas não da toponimia da cidade nem da memória dos brasileiros que não há muito lhe erigiram uma estátua. F.M.I. quereria significar “Frei Miguel Instituidor”, recordando assim a grande qualidade do terá sido o seu primeiro provedor, numa linhagem distinta que inclui os mais recentes Rui Cunha e Santana Lopes. A história ensina-nos muito. Há pouco mais de dois anos houve quem falasse em fraude histórica relativamente ao tal F.M.I. pelo que um dia destes não seria de espantar que a rua desse muito castelhanhamente às-de-vila-diogo. Haverá nisto tudo uma série de piadas à espreita ou uma qualquer dúbia lição de moral, mas tremo só de pensar no estado lamentável em que ficariam os meus neurónios se me dedicasse a pensar nisso. Os fins fazem-nos disto.

Seja como for, aproveitando que o planeta completou mais uma orbita na sua incansável cavalgada estelar, e que o momento é propício a novos gestos, dá-se aqui o pontapé de saída à versão 2.0 deste espaço. Recair na prática bloguística não me pareceu má ideia para estas época e situação.

Os meus votos de bom ano vão com brinde, não fosse este o ano de aprender novos truques (ou como se diz em economês “ganhar novas valências”): clicando na imagem poderão dar azo ao ilustrador que trazem reprimido no vosso peito e aprender como se faz a imagem, no fabuloso site da Abduzeedo. Depois aproveitem e dêem um giro por lá, que tem muita coisa gira e boa para se entreterem.

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